AMIZADE... ESPÉCIE EM EXTINÇÃO

Falar de amizade no século XXI tornou-se algo supérfluo... Sabemos que a amizade era pra gerar fraternidade. O próprio nome diz: amizade – amor fraterno. Era pra ser a segurança de nossos grandes e pequenos momentos. Hoje não acredito em amizade. E olha que não estou amargo nem depressivo. A amizade cria homens e mulheres gentis. E gentilezas num mundo conturbado não cria nem gentilezas nem profundidades. As amizades são superficiais e é assim que o planeta se encontra. A amizade foi feita para simplesmente podermos dizer sem receios, eu te admiro, eu gosto de você e nada de parentescos... apenas irmãos de sangue. Nos dias de hoje, a amizade é uma espécie em extinção. O mundo parece ruir em solidão, de pessoas sem afetividades, sem comprometimentos, e tudo gira como uma roleta russa: se fico só me engano, se me acompanho me frustro. Para ser amigo não necessita de agendas. É coisa simples de ser vivida, mas difícil de ser compartilhada. Basta apenas estar juntos num fim de tarde num bar, ou em não estar em lugar algum... basta apenas a preocupação com a pessoa amiga, o querer bem... a gentileza que dá paz e apesar de.... sempre ter tempo pra escutar quando a vida nos golpeia e nos coloca pra baixo.

APRENDENDO A PERDER

TER RAZÃO É O MAIOR PERIGO NO AMOR

"Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: Aprenda a fazer bonito seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender…Tenho visto muito amor por aí. Amores mesmo: bravios, gigantescos, descomunais,profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva. Mas esbarram na dificuldade de se tornar bonitos. Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados,tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras. Aí, esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais, de repente se percebem ameaçados e tão somente porque não sabem ser bonitos: cobram, exigem, rotinizam, descuidam, reclamam, deixam de compreender, necessitam mais do que oferecem, precisam mais do que atendem, enchem-se de razões. Sim, de razões.Ter razão é o maior perigo no amor".

(Artur de Távola)